TÉCNICAS

Bypass gástrico
Estudado desde a década de 60, o bypass gástrico é a técnica bariátrica mais praticada no Brasil, correspondendo a 75% das cirurgias realizadas, devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. O paciente submetido à cirurgia perde de 40% a 45% do peso inicial.

Banda gástrica ajustável
Criada em 1984 e trazida ao Brasil em 1996, a banda gástrica ajustável representa 5% dos procedimentos realizados no País. Apesar de não promover mudanças na produção de hormônios como o bypass, essa técnica é bastante segura e eficaz na redução de peso, o que também ajuda no tratamento do diabetes.

Gastrectomia vertical
Nesse procedimento, o estômago é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros (ml). Essa intervenção provoca boa perda de peso, comparável à do bypass gástrico e maior que a proporcionada pela banda gástrica ajustável.

Duodenal Switch
Nessa cirurgia, 85% do estômago são retirados, porém a anatomia básica do órgão e sua fisiologia de esvaziamento são mantidas. O desvio intestinal reduz a absorção dos nutrientes, levando ao emagrecimento. Criada em 1978, a técnica corresponde a 5% dos procedimentos e leva à perda de 40% a 50% do peso inicial.
INDICAÇÃO CIRÚRGICA
A indicação cirúrgica é avaliada a partir dos seguintes critérios:
- Paciente com IMC grau II (entre 35 e 40) associado à comorbidade e paciente com IMC grau III (acima de 40) independentemente da presença de doenças;
- Paciente deve ter se submetido à tratamento clínico dietético por pelo menos dois anos;
- Paciente deve passar por avaliação pré-operatória e um laudo de psicólogo, nutricionista e endocrinologista;
- Paciente com idade entre 18 e 60 anos. No entanto, já existem grandes séries de pacientes operados na adolescência e entre 60 e 70 anos. O que determina a possibilidade de cirurgia é a condição clínica do paciente.
O que é Comorbidade?
São doenças comumente associadas ao quadro de obesidade.
As principais comorbidades, que interferem na indicação cirúrgica são:
- Hipertensão arterial
- Diabetes tipo II
- Apneia do sono
- Dislipidemia
- Osteoartroses
- Doença vascular periférica
As comorbidades secundárias, que não necessariamente interferem na indicação cirúrgica são:
- Colelitíase
- Doença do refluxo gastroesofagiano
- Esteatose hepática.